domingo, 22 de setembro de 2013

Uma vitória da música

O Rock in Rio acaba hoje, dia 22 de Setembro, e de tudo que eu vi, o que mais me impressionou foi o poder transformador da música. Independente de preferências musicais, atributos técnicos dos cantores ou bandas, os sete dias do festival mostraram o que torna a música tão especial: a paixão.

Eu vi a paixão nas pessoas que madrugaram e acamparam em frente à Cidade do Rock para ficar o mais perto possível dos seus artistas favoritos. Eu vi paixão no modo como 85 mil pessoas cantaram em uníssono músicas dos variados estilos, do pop de Beyoncé e Justin Timberlake ao heavy metal do Metallica, passando pelo rock do Bon Jovi ou do Skank. Eu vi paixão em fotos como essa:


Também vi paixão nas "rodinhas punk" dos shows do Offspring, do Marky Ramone e em vários shows das noites de metal. Vi esse sentimento também na forma como o Phillip Phillips tocava seu violão, na forma como o Bruce Springsteen suava para fazer de seu show uma experiência única, nas notas altíssimas alcançadas por Florence Welch, ou na forma quase espiritual pela qual John Mayer tratava sua guitarra:


Vi ainda a paixão na forma como grandes nomes da música brasileira, como Cazuza, Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Tim Maia, foram celebrados e homenageados, na histeria coletiva feminina por Justin Timberlake, John Mayer ou Jared Leto, e na devoção dos fãs do metal por suas bandas.

Enfim, mais do que o sucesso comercial ou midiático, o maior sucesso do Rock in Rio foi demonstrar que a música é, acima de tudo, paixão, e que é essa paixão que transforma meras notas musicais e acordes nesse turbilhão de outros sentimentos que a música nos traz.

sábado, 31 de agosto de 2013

As 15 melhores músicas de rock dos anos 2000

O rock não morreu nos anos 2000, ainda que os saudosistas reclamem da qualidade das músicas do estilo lançadas naquele período de tempo. Os anos 2000 (2000-2009) foram os anos do explosão do indie rock, mas muitas bandas e artistas já consagrados fizeram excelentes músicas na década. Portanto, o rock nos anos 2000 foi fortalecido por inúmeras músicas marcantes, que excelente qualidade, e vou trazer as 15 melhores músicas de rock da década na minha opinião:

15 - This Love - Maroon 5: Esqueça o Maroon 5 pop dos anos 2000. Em This Love a banda de Adam Levine mostra que sabe fazer um bom funk rock, com a guitarra muito swingada, refrão ótimo de cantar, e Adam é um ótimo cantor, e batida contagiante. A ponte no meio pro final da música é espetacular e ajuda a tornar a música uma das melhores nesses 10 anos.



14 - Mr. Brightside - The Killers: Um épico moderno, Mr. Brightside é um exemplo de como o rock alternativo é criativo.  É impossível não se contagiar com a sintonia perfeita entre a voz e os instrumentos e os "crescendos" durante a música, que fazem dela uma das melhores dos anos 2000.



13 - Maps - Yeah, Yeah, Yeahs: O contraponto entre a guitarra rápida e a bateria muito marcada é sensacional, e o vocal é espetacular. Não parece, mas é uma canção de amor, o que impressiona ainda mais, devido à sua construção diferente do padrão para as "love songs".



12 - No One Knows - Queens of the Stone Age: A guitarra de Josh Homme combina demais com a bateria de Dave Grohl, tanto nos versos, muito marcados, quanto no refrão, e os solos de baixo e guitarra não devem a nenhum clássico do rock. Enfim, rock como ele deve ser.



11 - All My Life - Foo Fighters: Dave Grohl já era uma lenda no Nirvana, mas montou o Foo Fighters e conseguiu fazer história de novo. All My Life é um grande exemplo disso, com Dave mostrando que sabe, e muito, cantar e tocar guitarra, além de ter um refrão é espetacular.



10 - Hysteria - Muse: A melhor linha de baixo da década, com um riff de guitarra do Matt Bellamy, que também mostra muito da sua voz. O refrão é ótimo, o solo de guitarra também, e por isso tudo a música abre o meu top 10.



9 - By The Way - Red Hot Chilli Peppers: Flea é um monstro, Frusciante também,  mas Chad Turner e Anthony Kiedis não fica pra trás. As mudanças de ritmo da música são geniais, e mesmo que você não entenda metade do que o Kiedis cante na música, tenta imitá-lo. Funk Rock como deve ser, é um dos maiores sucessos da banda, já eternizada no Hall da Fama do Rock, obrigatória nos shows da banda.



8 - Time to Pretend - MGMT: Psicodélica, louca, viciante e marcante. Não tem como descrever a música com palavras, mas a letra é muito bem transformada em melodia, harmonia e ritmo, mostrando a agonia e a frustração da vida das estrelas, e sua necessidade de esconder do público o que realmente está sentindo.



7 - Take Me Out - Franz Ferdinand: Clássico instantâneo do rock alternativo, e não podia ser diferente com a guitarra inconfundível, ótimo refrão e linha de baixo. Não é a toa que é nome certo em listas como essa...



6 - I Bet That You Look Good On The Dancefloor - Arctic Monkeys: Suja, crua e intensa. I Bet... é um exemplo da força do rock, e uma estreia fenomenal para uma banda alternativa. O dueto de Alex e Matt é sensacional, assim como a linha de baixo.



5 - American Idiot - Green Day: De loucos drogados a banda politizada. O Green Day mudou, mas mostrou com American Idiot que ainda sabia fazer um bom punk rock, mas com letras engajadas que criticam a mídia, o governo, os americanos, enfim, o American Way of Life. Destaque pra bateria e pro riff de guitarra, que ajudaram muita a tornar a música um dos grandes clássicos da década.



4 - Beautiful Day - U2: A banda já era enorme, e mostrou que não perdeu a forma com Beautiful Day. O refrão muito bem cantado por Bono, aliado à guitarra sempre notável de The Edge, ganhando inclusive os Grammys de gravação do ano, música do ano e melhor performance de banda de rock. Não preciso dizer mais nada...



3 - Last Nite - The Strokes: Eles começaram uma nova onda de rock alternativo com essa música. A simplicidade genial da música mostra todo o poder do rock, de modo que é complicado transformar em palavras o que se sente ouvindo Last Nite.



2 - Clocks - Coldplay: Se a música fosse apenas o riff de piano já seria um clássico, mas esse riff é brilhantemente acompanhado pelo resto dos instrumentos e, principalmente, pela voz do Chris Martin. Ganhou o Grammy de gravação do ano de 2003, e esse ano foi especialmente abençoado no mundo da música, o que abrilhanta demais a conquista. Pelo conjunto da obra, ficou com o 2º lugar na lista.



1 - Seven Nation Army - White Stripes: A banda não tem baixista, o que fazer? Transformar a guitarra em baixo e entrar para a história. Foi assim que Jack e Meg White se eternizaram no mundo da música, com o riff de guitarra/baixo mais famoso dos últimos 20 anos. Simples e genial, o riff que embala a música se transformou em muito mais do que uma parte da música, se tornando grito de torcida em todo o mundo, além de prato cheio para os iniciantes na guitarra/violão. Por toda essa influência na cultura pop, Seven Nation Army é, sem dúvida, a melhor música de rock dos anos 2000.


OBS: Só coloquei uma música por artista porque tinha muitas músicas marcantes de muitas bandas pra escolher. E não liguem muito para a ordem, principalmente nas primeiras 10 músicas da lista.

Vejam as listas do pop aqui e do rap aqui.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

VMA 2013: A Falência da Música Pop?

Ontem aconteceu o Video Music Awards (VMA) 2103, premiação musical organizada pela MTV, no Barclays Center, no Brooklyn, em NY. Trata-se de uma premiação de videoclipes, razão da existência da emissora (apesar da desvirtuação para reality shows horrorosos), com votação popular.


Por ser uma premiação popular, nem sempre (quase nunca), o melhor clipe ou música ganham o Astronauta de Prata, que normalmente é dado ao artista com mais fãs fanáticos e desocupados, com tempo de sobra pra votar. Por isso, não assisti a premiação pelos prêmios, mas sim pelas apresentações de grandes nomes da música pop. E foi ao ver as atrações da premiação que eu comentei que assistiria a falência da música pop, já que grande parte das performances não eram de artistas tão bons assim.

Em uma disputa particular de novos singles, Lady Gaga abriu a premiação com a sua "Applause", trocando de roupa várias vezes durante a música, terminando como uma "réplica" da Vênus do famoso quadro "O Nascimento de Vênus" de Botticelli, e Katy Perry fechou a noite, cantando seu novo sucesso "Roar", incorporando uma lutadora de boxe, no estilo "Eye of the Tiger" e "Rocky". Ambas as apresentações foram bem mornas, mas acho a música da Katy Perry mais agradável aos ouvidos, com um refrão melhor e mais grudento, então acho que ela levou a melhor nessa.


Robin Thicke, sucesso mundial com a música "Blurred Lines", também se apresentou, divulgando a música "Give It 2 U" com participações dos rappers 2 Chainz (bem mais ou menos) e Kendrick Lamar (esse sim um grande talento da nova safra de rappers). Além disso, o cantor fez dueto com Miley Cyrus em "We Can't Stop" e "Blurred Lines", mas foi completamente ofuscado pela ex-Hannah Montana, e não por sua qualidade artística. A situação foi tão constrangedora que é melhor mostrar a reação da família Smith à "performance" e tentar esquecer o que aconteceu:


 Também se apresentaram o duo de rap Macklemore e Ryan Lewis, com participação de Mary Lambert, cantando a música anti-homofobia "Same Love". A performance ainda teve a presença de Jennifer Hudson, que foi muito bem cantando o refrão junto com a até então desconhecida Mary. Kanye West fez uma apresentação intimista/conceitual/minimalista de "Blood on the Leaves" do seu álbum "Yeesus", mas não empolgou muito, assim como Drake, que cantou "Hold On, We're Going Home" e "Started From The Bottom". Bruno Mars, por sua vez, mostrou toda a sua capacidade vocal cantando "Gorilla", no que seria a melhor apresentação da noite, se não existisse um tal de Justin Timberlake.

Justin seria homenageado com o prêmio Michael Jackson Video Vanguard, que é um prêmio especial dado a artistas que contribuíram para os videoclipes e a própria MTV. Por isso, fez um show de 15 minutos, um grande medley com sucessos atuais e da carreira. Justin roubou a cena com um vasto repertório de hits, incluindo uma reunião relâmpago do *NSYNC, mostrando toda sua capacidade pra dança e pro canto, além do seu carisma característico. JT mostrou como se faz um show de música pop, e conseguiu contagiar toda a plateia, que cantou junto o tempo todo (Taylor Swift estava literalmente maluca) e aplaudiu muito no fim.





Voltando à pergunta do título do post, será mesmo que a música pop está falindo? A resposta é não. Apesar da evidente falta de talento de um modo geral , ainda há gente fazendo boa música pop, como foi brilhantemente demonstrado pelo Timberlake, além de nomes como o Bruno Mars, rappers como Kendrick Lamar e Macklemore, e veteranos como o Daft Punk. 

No entanto, uma coisa me chamou atenção,a inexistência de nomes do rock se apresentando nessa edição do VMA. Ontem antes de começar a premiação, assisti a vídeos do VMA de 1992, que teve como nomes Nirvana, Pearl Jam e Guns n Roses, o extremo oposto do que ocorreu ontem, quando até o prêmio de melhor vídeo de rock foi anunciado durante as entrevistas no tapete vermelho. 

Algumas observações finais:
- Voto popular em premiações no mundo do entretenimento é pedir pra ter resultado bizarro (tipo o One Direction ganhando o prêmio de melhor música do verão.
- Fizeram um VMA no Brooklyn sem a presença do Jay Z, lamentável.
- "Cause somewhere in America, Miley Cyrus still twerkin'" É, Jay, foi no tua terra natal...
- Taylor Swift mandando indireta pro Harry Styles foi sensacional
- Mais uma vez ficou provado que cenário e troca de roupas são completamente desnecessários quando se tem talento

sábado, 24 de agosto de 2013

You May Say I'm a Dreamer, But I'm Not The Only One (parte 3): Eles não ligam para nós

Ninguém superava Michael Jackson. Estrela desde os tempos de Jackson 5, o cantor havia alcançado o inimaginável com o disco Thriller, que se tornou recordista absoluto de vendas, com o Moonwalk, passo de dança mais famoso do mundo, e era disputado por patrocinadores e emissoras de televisão.  Mesmo assim, Michael se mostrava muito preocupado com o futuro do mundo, principalmente das crianças, nunca deixando de prestar ajuda humanitária. Sua primeira grande ação foi a música "We Are The World". Nela, Michael convocou uma legião de grandes artistas americanos para gravá-la, e usou o dinheiro com a venda do single para combater a fome na África.



No entanto, o artista foi além. Insatisfeito com a realidade mundial de guerras, fome, ódio e preconceito, gravou a música "Man in the Mirror", lançada no disco "Bad". Essa canção fala de como a mudança do mundo tem que começar com a mudança do homem que você vê no espelho, e que começando por você, é possível mudar o mundo definitivamente, o que, não surpreendentemente, é uma mensagem muito semelhante a de "Imagine". (aqui a letra de Man in The Mirror).

Outro fato marcante da música é o seu videoclipe:


A clipe conjuga imagens da fome no mundo, do sofrimento das crianças e dos sem-teto,de manifestações racistas, da violência policial, das guerras que assolavam boa parte do mundo com pessoas e ações que tentavam mudar essa realidade, mostrando grandes humanitários, como os já citados aqui na série, John Lennon e Martin Luther King, além de nomes como John e Robert Kennedy, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Bob Geldof (idealizador do Live Aid), e anônimos que são tão importantes nessa luta quanto as grandes personalidades.

Não satisfeito, Michael deu outro passo na sua crítica à realidade do mundo, gravando a música "They Don't Care About Us" (Eles não ligam para nós). A letra é tão impactante quanto a de Man in the Mirror, com a grande diferença que é direcionada aos "comandantes do mundo", ou seja, governantes, grandes empresários, banqueiros, etc, valendo a pena transcrever o refrão e outras partes da música (a letra completa aqui):

"Tudo o que eu quero dizer é que
Eles realmente não ligam pra gente"
"Diga-me o que aconteceu com minha vida
Eu tenho esposa e dois filhos que me amam
Eu sou vítima da brutalidade policial, agora

Estou cansado de ser vítima do ódio
Você acaba com meu orgulho. Oh, pelo amor de Deus
Olho pro céu pra cumprir a profecia
Liberte-me"
"Estou cansado de ser vítima da vergonha
Jogaram-me numa classe com o nome sujo
Não acredito que essa é a terra de onde vim"

Além disso, a música ganhou 2 videoclipes, um deles gravado simulando uma penitenciária (lugar de negros e pobres esquecidos pela elite) e o outro no Brasil, no Morro Santa Marta e no Pelourinho (também lugares de negros e pobres esquecidos pela elite).

"Coincidentemente", a partir dessa nova faceta mostrada pelo Rei do Pop, começaram a surgir diversas controvérsias em relação à vida pessoal do cantor, com alegações de abusos de menores (alguns deles já comprovadamente falsos), a polêmica de seu "embranquecimento" e das sucessivas cirurgias plásticas. Com isso, Michael passou a ser vítima da perversidade da mídia (e isso é recorrente, como será visto), fazendo-se com que a popularidade alcançasse um nível baixíssimo. 

Apesar disso, Michael nunca deixou de ajudar o próximo e ainda tinha uma enorme legião de fãs, o que ficou muito evidenciado quando anunciou o retorno aos palcos para uma série de shows, cujos ingressos se esgotaram em minutos. Entretanto, tais shows nunca aconteceram. Michael morreu em 2009, quando já ensaiava para os shows, vítima de uma overdose de medicamentos controlados. Como é notório, o seu médico particular, Dr. Conrad Murray, está sendo processado por homicídio culposo.

A questão aqui é: há indícios de que a nova turnê do Michael teria um cunho bem parecido com o das músicas "Man in the Mirror" e "They Don't Care About Us", usando a turnê para denunciar o descaso da elite com a realidade do mundo, e sua inclinação a manter o status quo. Vejam esses vídeos:

 

 

Tirem suas conclusões, mas reparem que tanto Michael, quanto Martin Luther King e John Lennon foram assassinados em situações no mínimo nebulosas, e não foram os únicos, como explicarei nos próximos posts da série.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

You May Say I'm a Dreamer, But I'm Not The Only One (parte 2): O Sonho de Martin Luther King

John Lennon falava em sonhadores, pessoas que lutavam, lutam e lutarão por um mundo melhor, mais justo e igual. E ao falar em sonhador, a primeiro nome que vem à cabeça é o do Pastor Martin Luther King Jr e seu discurso "I Have a Dream" (Eu tenho um sonho).

Martin Luther King foi um pastor protestante batista, que se tornou famoso por defender os direitos civis dos negros nos Estados Unidos, aplicando os ensinamentos bíblicos de Jesus de amor ao próximo à realidade estadunidense das décadas de 50 e 60.



Naquela época, apesar da abolição da escravatura nos EUA ter ocorrido há mais de quase 100 anos, os negros ainda era fortemente discriminados e tratados como inferiores pelos brancos, principalmente nos estados sulistas, de tradição escravocrata. As crescentes ações racistas contra os negros causaram grande indignação no pastor, que utilizou sua influência para liderar protestos contra a opressão dos negros e pela igualdade de direitos entre os homens.


Sua atuação já era bastante conhecida, reconhecida e respeitada nos EUA, mas seu nome entrou de vez para a história quando ajudou a organizar a Marcha em Washington, onde realizou seu famoso e impactante discurso "I Have a Dream". (leia a íntegra do discurso, em inglês, aqui e em protuguês,a parte final, aqui). Nesse discurso, King falava de um sonho, do dia em que os negros seriam respeitados, tratados como iguais, fazendo dos EUA finalmente a "Terra da Liberdade".


Algumas passagens do discurso são muito marcantes e merecem transcrição:

"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais"

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!"


"Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:


"Livre afinal, livre afinal.


Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."
"



Luther King, assim como, Lennon, sonhava e buscava um mundo igualitário, e efetivamente media esforços para tentar mudar o mundo. Usando sua influência como líder espiritual, e depois também líder político e social, foi determinante para que houvesse alguma mudança no modo em que os negros, e, por consequência, as minorias, passaram a ser tratados nos Estados Unidos.

Em razão dessa influência e da tentativa de modificar um status quo injusto e perverso, o Pastor foi assassinado em 1968 (e vocês verão nas próximas postagens que isso é curiosamente recorrente), mas suas mensagens e atitudes ainda estão vivas em cada pessoa que busca o fim do racismo, do preconceito com as minorias e quer um mundo como um só, como idealizado em seu discurso e também na música "Imagine".

You May Say I'm Dreamer, But I'm Not The Only One (parte 1)

John Lennon compôs e gravou a música Imagine em 1971, lançada no álbum de mesmo nome. Pelo seu conteúdo lírico, a música é um marco na luta pela igualdade entre os homens, pela busca da paz e da evolução do ser humano. No refrão, Lennon diz que as pessoas podem dizer que ele é apenas um sonhador (You may say I'm a dreamer), mas ele garante que não é o único (But I'm not the only one), e espera que, algum dia, as pessoas possam se juntar a ele, o que faria do mundo um só. (veja a letra aqui)


Pode até ser que as idéias proferidas por John na música sejam consideradas utópicas demais, sem qualquer possibilidade de realmente acontecerem, mas é certo que o cantor inglês não era e nunca será o único a ter esse sonho, e que sempre houve muita gente tentando realizar o que foi transformado em letra e música por ele. Portanto, pretendo demonstrar que muitas pessoas, inclusive muitas pessoas com enorme influência na humanidade em geral compartilhavam do sonho de John Lennon e efetivamente mediram esforços para torná-lo realidade.

Essas pessoas podem ser encontradas nos mais variados campos de atuação, como nas instituições religiosas, na música, nos esportes, na política, na sociedade civil, etc, e todas elas, apesar das abordagens muito diferentes e singulares, acabam por partilhar no mesmo sonho de John Lennon, um sonho que deveria ser partilhado por toda a humanidade, assim como o ex-Beatle esperava que acontecesse.


Então, a partir de hoje vou começar uma série de posts sobre essas pessoas que, assim como John Lennon, tinham um sonho de mudar o mundo para melhor, cada qual à sua maneira, mas todos com um mesmo objetivo final.

PS: Veja a excelente versão em quadrinhos de Imagine aqui


domingo, 14 de julho de 2013

Músicas viciantes do mês: junho/julho

Bom, fiz umas boas descobertas nesse último mês, o que ajudou demais a fazer a lista com 5 músicas que eu ando escutando sem parar.

Pastime Paradise - Stevie Wonder: Quando eu comecei a ouvir a música, que faz parte do disco "Songs in the key of life", pensei que estivesse ouvindo Gangsters Paradise, do Coolio. Aí a ficha caiu e eu percebi que o rap de Coolio teve como inspiração essa música do Stevie, que como o rap, é sensacional e merece ser mais reconhecida.

Holy Grail - Jay-Z feat. Justin Timberlake: Mais uma excelente música da parceria entre os dois, que é a primeira música do novo álbum do Jay-Z, Magna Carta Holy Grail. O refrão é cantado espetacularmente pelo JT, e os versos do Hov são muito bons. Além disso, a referência a Smells Like Teen Spirit e a Kurt Cobain são muito bem feitas e ajudam a engrandecer a música.

Black Skinhead - Kanye West: Faixa de Yeezus, cd novo do Kanye, é uma música que traz toda uma atmosfera raivosa característica de várias músicas do artista. É a melhor do disco, e mostra a capacidade criativa do Kanye, além de ter uma boa batida e versos muito impactantes.

Come With Me - Puff Daddy feat. Jimmy Page: A música é toda baseada no riff de Kashmir, com uma batida mais característica do rap. A mistura deu muito certo, como era de se esperar, já que Diddy é muito talentoso, Kashmir é um hino do rock e uma orquestra sempre ajuda a dar um toque de grandiosidade nas músicas.

Nightrain - Guns n Roses: Hard Rock típico dos anos 80, com muito "cowbell", guitarra marcante e uma bela performance do Axl Rose. É uma das excelentes músicas do Appetite for Destruction, e uma das provas de que se a formação clássica do Guns não tivesse se separado, eles seriam muito maiores do que já são.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

As 15 Melhores Músicas de Pop, R&B e similares dos Anos 2000

Retornando a sessão nostalgia dos anos 2000, vou elencar as 15 melhores músicas do Pop e R&B da década passada. São músicas que tem melodias inesquecíveis, coreografias espetaculares, refrões mais do que marcantes e, por isso, são consideradas, por mim, as melhores músicas desses estilos dos anos de 2000 a 2009. Cliquem nos títulos para ouvir as músicas...

15 - Yeah - Usher feat. Lil' Jon & Ludacris: Não tem como ficar parado quando as primeiras notas de Yeah começam a tocar. A obra-prima dançante de Usher é certamente um dos hinos das pistas de dança da década, e com todos os méritos, da voz de Usher, passando pelos gritos de Lil Jon e pela rima absurdamente rápida de Ludacris.

14 - We Belong Together - Mariah Carey: Além de ser o seu grande hit na década, foi a música que marcou seu retorno triunfal ao topo. Mariah dá um show nessa balada pop, e mostra que não se pode subestimar as grandes cantoras.

13- I Gotta Feeling - The Black Eyed Peas: Você provavelmente ouviu essa música até dizer chega, e com o tempo passou a odiá-la com todas as suas forças, mas não dá pra negar que é uma excelente música. É O hino das pistas de dança da década passada, com uma batida e refrão muito contagiantes, que só gênios do pop, como Will.I.Am sabem fazer.

12- Poker Face - Lady Gaga: Essa música consolidou Gaga como uma das cantoras pop mais importantes da atualidade, e sem dúvidas é a melhor música que ela já fez. É outra música com batida direcionada às pista de dança e que, aliada à voz de Gaga e a um refrão muito grudento, acabam tornando a música um hit imenso e uma das melhores dos últimos tempos.

11- Ignition (Remix) - R. Kelly: Seria difícil esperar que R. Kelly algum dia fizesse algo parecido com "I Believe I Can Fly", mas ele fez. Ignition (Remix) tem uma das atmosferas mais interessantes do R&B recente, sendo ao mesmo tempo relaxante e dançante, com melodia e refrões espetaculares.

10- One More Time - Daft Punk: A música mais marcante do duo francês de música eletrônica. Dançante ao extremo, sintetiza tudo que a música eletrônica deve ser, inclusive com a voz robótica em algumas partes e o refrão cativante.

9- Since U Been Gone - Kelly Clarkson: O pop/rock da primeira vencedora do American Idol merece estar na lista. A cantora mostra que tem muito potencial vocal, as guitarras criam uma ambientação que permite identificar o peso do rock e a dança do pop, e o refrão ajuda a tornar a música um clássico da década passada, e provavelmente a melhor música da Kelly Clarkson.

8- Single Ladies - Beyoncé: Ela foi a maior estrela do R&B nos últimos anos, e Single Ladies mostra porquê. Não bastasse a coreografia e o clipe sensacionais (e Kanye West concorda comigo), a música é talvez a mais animada da carreira da cantora, com ótimo refrão e uma "ponte" (brigde) simplesmente espetacular (que começa do "Don't treat to these things of this world" e termina no "And like a ghost I'll be gone").

7- Paper Planes - M.I.A.: Atmosfera psicodélica, partes da música feitas a partir de sons de caixas registradoras antigas e tiros de revólver, que se encaixam perfeitamente à proposta da música. Pela ousadia e inovação que essa música trouxe e seu sucesso comercial, ela merece estar bem posicionada na lista.

6- Cry Me a River - Justin Timberlake: Com essa música, Justin mostrou que não era mais um integrante qualquer de boy band e comprovou todo o seu talento e criatividade, o que também é refletido pela letra da música. O refrão e as pontes são muito bons, além, é claro, da batida.

5- Umbrella - Rihanna feat. Jay-Z: Com Jay-Z esbanjando e anunciando a "pequena miss sunshine" de sua gravadora e depois Rihanna começando a cantar os versos até chegar no refrão mais grudento da década, com seus "ella, ella, ella, e, e, e", e numa das melhores pontes da década também, que termina com a garota de Barbados mostrando sua qualidade vocal em "I'll be all you need and more", Umbrella não podia ser menos que o imenso hit que foi.

4- Rehab - Amy Whinehouse: Pode ser triste pensar que a negativa da cantora a ir se tratar, o que é o tema da música, acabou levando à sua morte precoce. Mesmo assim, Rehab é uma excelente música, que combina perfeitamente o antigo e o novo, dos instrumentos de sopro à batida da bateria, passando pelo simbólico refrão. Rehab é uma obra prima de Amy, é certamente uma das músicas que definem a década passada.

3- Crazy - Gnarls Barkley: A obra prima do duo formado por Cee-Lo Green e Danger Mouse, com uma batida espetacular, letra muito interessante, refrão marcante e a voz impressionante de Cee-Lo, que une todos esse elementos e transforma a música num clássico instantâneo. Desculpem o trocadilho, mas não tem como não ficar maluco por essa música.

2- Crazy in Love - Beyoncé feat. Jay-Z: Não tinha maneira melhor de se lançar em carreira solo após o grande sucesso do Destiny's Child. A riff de metais do início já é grandioso, mas a cada parte da música essa grandiosidade vai aumentando, com os versos muito bem cantados pela Beyoncé, o refrão sensacional, os versos de rap de Jay-Z e a ponte fantástica que começa no fim do rap do Jay e termina no refrão, que juntas formam a melhor música cantada por uma mulher na década passada, e uma das melhores músicas de todos os tempos.

1- Hey Ya! - Outkast: Quando a duo de rap mais talentoso da década se aventurou a fazer uma música diferente do padrão rap, nem eles devem ter imaginado o que acabavam de fazer. Do refrão ao riff de piano, passando pela batida da bateria, a parte cantada por Andre 3000, a conversa entre os "integrantes" da "banda" Love Below e o genial verso "Shake it like a polaroid picture", tudo nessa música é fantástico, e tudo isso se confirmou com o enorme sucesso de crítica e público que a música teve, contagiando desde o mais fanático headbanger a aqueles de só ouvem o que faz sucesso nas rádios, sendo, por isso, e com muitos méritos, a melhor música pop dos anos 2000.

domingo, 19 de maio de 2013

Festa no Céu

Imaginem que todos os artistas da música, ao morrerem, vão para o céu. Agora imaginem que nesse céu há todo e qualquer instrumento musical já inventado pelo homem, podendo ser utilizado por qualquer um que quisesse. Os artistas, que nasceram e viveram para e pela música não perderiam a oportunidade de aproveitar todo essa aparato à sua disposição e começariam a tocar, cantar e dançar, transformando o céu numa verdadeira festa, com gente de todas as raças, credos e orientações sexuais unidos pelo poder da música. Então, os artistas começariam a tocar juntos, de acordo com os estilos que tocavam na Terra, de modo que qualquer um que chegasse pudesse ouvir aquilo que mais gostava quando era vivo ou passou a gostar a chegar nesse céu. Ficaria mais ou menos assim:

Em um canto, com seus violões e guitarras elétricas, Robert Johnson, Muddy Waters e John Lee Hooker estariam apresentando suas canções de blues, relembrando a vida dura num país ainda racista e intolerante e a vida simples cantada em forma de música. Um pouco ao lado, Hank Williams, George Jones e Johnny Cash pegariam seus violões para também falar da vida simples no campo, só que do ponto de vista dos brancos. Ouvindo essa mistura de country e blues, Elvis Presley, Buddy Holly, Roy Orbison e Bill Haley estariam celebrando a juventude, cantando e dançando o rock n roll, animando e contagiando todos os que passavam por perto. Num outro ponto, Ray Charles, Otis Redding e Sam Cooke estariam fazendo duetos com Marvin Gaye, Curtis Mayfield, Etta James e Whitney Houston, com vozes tão potentes que até os anjos se impressionariam, além de Amy Winehouse, que chegaria depois para se juntar à festa. Do lado, Bob Marley e Peter Tosh estariam louvando Jah, sem se esquecer do povo sofrido da Jamaica nas suas músicas de reggae. Um pouco mais ao centro, James Brown estaria ensinando passos de funk ao Michael Jackson, fazendo-o lembrar dos tempos de Jackson 5, e o próprio Mike ensinaria Brown a fazer o Moonwalk. Ao lado de Elvis e cia., John Lennon e George Harrison se juntariam a Brian Jones, John Entwistle e Keith Moon, criando uma superbanda para cantar os maiores sucessos das grandes bandas inglesas da década de 60. Em um campo florido, Jimi Hendrix estaria tocando sua guitarra fazendo companhia a Janis Joplin, Jim Morrison e Cass Elliot, celebrando a paz, o amor e a música, observados de perto por Frank Zappa, Syd Barrett e Rick Wright.

Um pouco depois apareceriam por lá Bon Scott, Ronnie James Dio, John Bonham, Randy Rhoads, Cliff Burton, Jon Lord e Dimebag Darrell, que elevariam ao máximo o som do rock pra incluir o Hard Rock e o Heavy Metal na festa. Também chegariam pra tocar Johnny, Joey e Dee Dee Ramone, acompanhados de Joe Strummer e Sid Vicious, cantando as insatisfações da juventude com os governos e pregando a simplicidade no rock, cercados de pessoas de cabelo moicano e jaquetas de couro. Para animar a festa, Donna Summer, Maurice e Robin Gibb cantariam os embalos de sábado à noite, sem deixar ninguém parado.  Em outra parte da festa, mais afastado do centro, Tupac Shakur e Notorious B.I.G., amigos novamente, se juntariam a Eazy-E e MCA, para fazer rimas sobre os prazeres da vida e os problemas das periferias e dos jovens pobres americanos, sob o comando de Jam Master Jay. Também estariam presentes para cantar os problemas da juventude, na forma de rock, Kurt Cobain e Layne Staley.

Além deles, estariam um pouco mais afastados, mas próximos o suficiente para serem ouvidos, Louis Armstrong, Miles Davis e Dave Brubeck, demonstrando toda a complexidade e sonoridade única do jazz. Também estariam presentes Judy Garland, Frank Sinatra e Bobby Darin, mostrando que vozes e orquestras são um casamento perfeito. Aproveitando a orquestra, Luciano Pavarotti estaria encantando até o mais belo dos anjos com a perfeição vocal dos tenores, e seria surpreendido por Freddie Mercury, que mostraria a semelhança entre o rock e a música erudita, fazendo-se ser ouvido em todos os lugares do céu, acompanhado de Clarence Clemons, como se o céu fosse um grande estádio igual aos em que brilhavam na Terra.

Já cansados de tocar suas obras primas, Beethoven, Mozart, Bach, Vivaldi e tantos outros gênios da música observariam tudo, e ficariam extremamente contentes em descobrir que a música se diversificou e se popularizou sem perder a qualidade, e logo estariam aprendendo a tocar cada uma das músicas desses novos estilos, de "Cross Road Blues" a "Smells Like Teen Spirit", de "Walk The Line" a "California Love", de "Stayin' Alive" a "Blitzkrieg Bop", de "What a Wonderful World" a "What's Going On", de "Billie Jean" a "Whole Lotta Love", de "We Will Rock You" a "No Woman, No Cry", esperando a chegada de mais talentos para ampliar ainda mais seus horizontes musicais e confirmar que a beleza na música, antes de tudo, está na criatividade do ser-humano.

PS: Eu provavelmente me esqueci de muita gente, mas é muito difícil lembrar de todo mundo, e o que eu pretendi aqui foi fazer uma homenagem à diversidade musical e aos grandes artistas que já partiram desse mundo.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Músicas Viciantes do Mês: Maio/Abril

Há muito tempo não fazia outro post dessa série, mas recentes acontecimentos musicais me fizeram ficar viciados em algumas músicas, e resolvi compartilhar com vocês.

1- Hysteria - Muse: Essa foi por causa do rock in rio, como tinha a ideia de comprar o ingresso pro dia do Muse, acabei procurando música e me viciei nessa, que é espetacular, da linha de baixo ao riff de guitarra, sem falar no refrão.

2- No One Knows - Queens of the Stone Age: Depois que eles tocaram no Lollapalooza, passei a prestar mais atenção na banda, e esse música me cativou.

3- Home - Phillip Phillips: Outro que eu vou ver no rock in rio, e esse country é realmente bom, com destaque pro backing vocal.

4- Hot in Herre - Nelly: Essa é do auge do r&b dos anos 2000, e provavelmente a melhor do Nelly, que eu "revivi" recentemente, e não consegui parar de escutar.

5- Stairway to Heaven - Ann Wilson, Nancy Wilson, Jason Bonham e banda: Claro que eu já era viciado em Led Zeppelin e em Stairway, mas o vício se renovou com essa versão ao vivo apresentada no Kennedy Center Honors desse ano, que homenageou a banda. A parte final, do solo em diante, é fantástica...

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Festa da Música Tupiniquim - Especial Funk Carioca

Nunca julgue uma música pelo seu gênero. Essa deve ser a regra nº 1 de todos os amantes de música. No caso do funk carioca, como de outros estilos com maioria de música de gosto e qualidade duvidosas, essa regra ajudar a enxergar o que o estilo tem de bom. Por isso, vou listar 5 músicas do batidão carioca que mostram o lado do funk que a maioria dos funkeiros atuais tenta esconder, infelizmente:

1 - Rap do Silva - Mc Bob Rum: Como os melhores raps americanos, a música mostra a relação da pobreza com a violência, que acaba por fazer vítimas inocentes, como o Silva que só queria se divertir no baile funk.


2 - Rap da Felicidade - Cidinho e Doca: O melhor refrão da história do funk carioca. O rap da felicidade retrata a realidade das favelas cariocas e da cidade do Rio de Janeiro em geral como poucas músicas já fizeram. Assim como o Rap do Silva, tem uma excelente crítica social, sem perder o ritmo dançante e a batida característica do funk.


3 - Zona Oeste - Mc Marcinho e Mc Bob Rum: Com uma melodia incomum às músicas de funk, refrão sensacional e ritmo perfeito para um baile funk, se tornou clássico do estilo, merecidamente.


4 - Ela Só Pensa Em Beijar - Mc Leozinho: Hit absoluto do funk, que rendeu participação de Leozinho no Especial de Fim de Ano do Roberto Carlos. Acho que nem preciso falar mais nada...


5 - Nosso Sonho - Claudinho e Buchecha: A síntese do funk melody. Refrão grudento, perfeito pra cantar junto e capaz de fazer sucesso em festas até hoje. Sinta-se honrado se o nome do seu bairro é citado na letra...



Alguém me explica porque o nível das músicas de funk caiu tanto com o passar dos anos?

OBS1: R.I.P. Claudinho
OBS2: Fé em Deus, DJ!!!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Deus existe e a música está aí pra provar...

Sim, você pode não acreditar, mas há diversas provas da existência de Deus nos mais variados campos do conhecimento, inclusive na arte e mais especificamente na música. Sim, e aqui vão 5 dessas provas da existência divina:

1- Ode To Joy de Beethoven: É só escutar, não é possível que um homem "sozinho" tenha tido a capacidade de compor essa obra tão perfeita, que na minha opinião é a melhor peça de música "clássica" já escrita, e um dos meus hinos da humanidade (além de ser o hino da União Europeia).


2- O "na na na na" de Hey Jude, dos Beatles: Como pode uma repetição de sílabas, com apenas 3 acordes, causar esse misto de emoções que Hey Jude causa? Paul McCartney só pode ter recebido inspiração divina pra fazer a música, especialmente essa parte final, é a única explicação possível... (vejam principalmente a partir dos 4:06)


3- Bohemian Rhapsody do Queen: Se toda a música já criada pudesse ser resumida em apenas uma música, esta seria Bohemian Rhapsody. E pra misturar todos esses estilos e sonoridades em uma música, a banda com certeza não foi a única compositora, e não precisa nem dizer quem ajudou...


4- O solo de guitarra de Prince em While My Guitar Gently Weeps no Rock n Roll Hall of Fame: Ele nunca tinha ouvido a música, segundo dizem por aí, e mesmo assim fez essa maravilha de solo que não só encaixou perfeitamente na música como tornou essa apresentação inesquecível. E a prova maior da inspiração divina está no final, quando Prince joga a guitarra para cima. Estaria ele devolvendo a guitarra para o Criador?


5- What a Wonderful World de Louis Armstrong: Claramente essa música é uma mensagem de Deus sobre as maravilhas por Ele criadas. É impossível ouvir essa música sem pensar no quanto o mundo realmente é maravilhoso, e no quanto a humanidade se esforça para estragá-lo.


Expliquem-se agora, ateus? Ainda acham que não existe um Deus? As provas estão aí, não tem como negar...

OBS: Deus aqui não necessariamente é o Deus judaico-cristão, pode ser qualquer manifestação divina, inclusive o Deus de uma tribo da Polinésia (vai que, né).


quinta-feira, 21 de março de 2013

Conhecendo Melhor: Especial Rock in Rio - Muse

Eu fiz uma confusão de dias e não me toquei que na segunda noite de show é a banda Muse que é a atração principal, e não o Timberlake, que é o principal nome da terceira noite de shows. Mas isso não importa aqui, e vamos falar sobre a banda, que é um power trio inglês de rock alternativo, formado por Matt Bellamy (guitarra e voz), Christopher Wolstenholme (baixo, teclado) e Dominic Howard (bateria). Vamos as músicas que podem fazer você ir ao show da banda no festival:

1- Supermassive Black Hole: Prestem atenção na guitarra e no refrão.



2- Uprising: Esse é daquelas que inflama qualquer plateia, com um dos melhores refrões da banda.



3- Knights of Cydonia: Uma aula de guitarra de Matt Bellamy, o mais novo "guitar hero" britânico.



4- Hysteria: Uma das melhores linhas de baixo de todos os tempos.



5- Madness: Rockstep ou Dub 'n Roll? A música mistura rock e dubstep e o resultado é espetacular.


Muse é uma banda muito boa no estúdio, mas é excelente ao vivo, uma das poucas que conseguem melhorar a performance nas apresentações, sendo certeza de um show inesquecível. Vale para quem aprecia solos de guitarra, riffs e linhas de baixo marcantes, ou seja, o bom velho rock n roll.

terça-feira, 19 de março de 2013

Conhecendo Melhor: Especial Rock in Rio - Justin Timberlake

Continuando a série sobre os headliners do Rock in Rio, hoje é dia de conhecer melhor o astro pop, ex-integrante de boy band que vai ser a atração principal do 2º dia de shows do festival: Justin Timberlake:

1- Cry Me a River: A melhor música da carreira do Timberlake.



2- What Goes Around... Comes Around...: É uma música grande, incomum para os padrões atuais do pop, mas em nenhum momento Justin se perde, e o instrumental é excelente.



3- Sexy Back: Um dos maiores sucessos de J.T., e merecidamente, porque é uma música viciante.



4- Summer Love: Refrão grudento, música boa para dançar, mas o destaque é a ponte entre os refrões.



5- Suit and Tie (feat. Jay-Z): Essa mostra que Justin está de volta e não perdeu a velha forma, mesmo depois de anos sem gravar inéditas.



Bom, Timberlake é o grande nome do pop masculino nesse século, é muito bom ao vivo, seja cantando ou dançando, e com certeza fará um excelente show no dia 15 de setembro, na sua 2ª participação no festival (a 1ª foi em 2001, quando ainda era integrante do 'N SYNC).

domingo, 17 de março de 2013

Conhecendo melhor: Especial Rock in Rio - Beyoncé

Bom, todas as atrações principais do Rock in Rio desse ano já foram divulgadas, e muita gente fica indecisa na hora de escolher um dia pra comprar o ingresso e ir. Por isso, vou fazer um "Conhecendo Melhor" com todos os headliners do festival, para tentar ajudar na escolha de quem ainda não se decidiu. Seguindo a ordem dos dias de shows, o primeiro headliner é a cantora Beyoncé. Então, vou mostrar 5 músicas dela (e depois das outras atrações principais) que possam fazer você se decidir a ir no dia do artista do post.


1- Crazy in Love (feat. Jay-Z): Na minha opinião, a melhor música dela, um clássico.


2- Single Ladies: "One of the best videos of all time" (WEST, Kanye).



3- Irreplaceable: O refrão fica na cabeça... "To the left, to the left".



4- Independent Woman: Tá, é do tempo que ela ainda era uma Destiny Child, mas é muito provável que ela cante no show, nem que seja num medley com outras músicas do grupo.

 
5- Halo: Nessa música ela pode mostrar uma boa parte da potência da sua voz, além de ter sido um super hit.



A banda dela é formada só por mulheres, e é muito boa, e ela realmente canta durante os shows, ao contrário de algumas artistas pop atuais que adoram um playback. Portanto, se você gosta de pop/r&b bem feito, é quase obrigatório ir nesse dia.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Conhecendo Melhor: Led Zeppelin

Houve um tempo em que os gigantes andaram pela Terra. Mas eram gigantes em altura, eram gigantes da música, que faziam o planeta tremer com seus riffs e melodias. Naquele tempo não havia ninguém maior que Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John Bonham: o Led Zeppelin. Resumir a discografia da banda em 5 música é complicadíssimo, mas pode ajudar a entender toda a mística, genialidade e importância da banda inglesa para o rock e para a música em geral. Cliquem nos links pra ouvir as músicas.



1- Whole Lotta Love: A música mostra o peso dos riffs de Page, capazes de sintetizar toda a ideia a ser transmitida pela música. Plant alia muito bem os seus vocais a esse riff, mostrando sua capacidade como vocalista. Jones e Bonham se completam perfeitamente, dando todo o apoio para Page brilhar com suas improvisações, incluindo os solos com o arco de violino.

2- Rock 'n Roll: Como o próprio nome da música diz, ela é um exemplar perfeito do rock n roll. A guitarra faz a batida que consagrou o rock desde sua criação, e junto com o resto da banda passa toda a atmosfera que uma música de rock deveria ter, sendo capaz de fazer um estádio inteiro pular e dançar. Nessa música John Bonham mostra porque é um dos maiores bateiristas de rock de todos os tempos, principalmente do solo de bateria que faz no final da música.

3- Black Dog: A genialidade da música, que espelha a genialidade dos membros da banda, está no revezamento entre os vocais de Plant e a parte instrumental. É outra música com riff e linha de baixo marcantes, que se contrapõem aos agudos de Plant de forma magistral.

4- Kashmir: Hipnotizante. Não há palavra melhor para descrever a música. Desde a letra, passando pela batida da bateria, pelos riffs da guitarra e pela voz de Plant, a música prende a atenção, faz o ouvinte viajar pelo ritmo e pela melodia, mostrando porque os 4 eram os gigantes da música.

5- Stairway to Heaven: A perfeição em forma de música. Nessa canção todo o talento dos 4 integrantes se combinam e se completam da mais perfeita forma, de modo que é praticamente impossível descrever as sensações que se tem ao ouvir a música em palavras. Por isso, vou me limitar a pedir que escutem a música e cheguem ao paraíso.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Festa da Música Tupiniquim (parte 1)

Nunca falei muito de música nacional aqui no blog, então pra ninguém me chamar de vendido, entreguista, agente da CIA ou qualquer outra coisa, vou começar uma série de posts com músicas que marcaram a história da música brasileira, do samba ao rap, da bossa nova ao forró. Pra começar, nada melhor que os clichês mais básicos, ou seja, as músicas mais importantes, conhecidas e reconhecidas pelos brasileiros e pelos estrangeiros também.

Garota de Ipanema - Tom Jobim e Vinícius de Morais: É "só" a segunda música mais regravada da história, perdendo apenas para "Yesterday" dos Beatles. Foi a música que lançou a bossa nova no mundo, fez o estilo se popularizar e se tornar sinônimo de Rio de Janeiro.



Asa Branca - Luiz Gonzaga: Se Garota de Ipanema é sinônimo de Rio de Janeiro, Asa Branca é sinônimo do sertão nordestino. É a mais clara e sincera tradução do espírito do povo nordestino, que apesar do sofrimento com a pobreza e a seca, ainda tem esperança num futuro melhor e celebra sua vida com a alegria de ritmos como o forró e o baião.



Águas de Março - Tom Jobim e Elis Regina: O gênio da bossa nova se encontra com a maior voz feminina do Brasil para cantar esse clássico. Nunca um dueto pareceu tão natural, e Elis e Tom se completam tanto quanto as partes das frases que cada um canta.



Mas Que Nada - Jorge Ben: Depois de Garota de Ipanema, esta deve ser a música brasileira mais conhecida no exterior, e com muitos méritos. Não precisaria nem de letra pra fazer todo mundo sambar mas o refrão genial de Jorge Ben coroa a genialidade da música e do artista.



Que País É Esse? - Legião Urbana: O clássico mais marcante da geração mais brilhante do rock nacional. Apesar de simples, é a pegada punk com a letra que ainda (infelizmente) é atual, que tornam a música tão especial. Escute essa música em um show ao vivo e verá toda a magia que ela carrega.


Se quiserem deixar sugestões de músicas pros próximos posts, fiquem à vontade. No próximo post da série um especial de músicas sobre a ditadura.